O nome Paulo Cupertino voltou a ser destaque no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo. Depois de meses de espera e reviravoltas judiciais, o acusado de assassinar o ator Rafael Miguel e seus pais, João e Miriam, sentou-se novamente diante dos jurados. O júri, formado por sete pessoas, recebeu em detalhes os traumas que antecederam o crime, revelando uma dinâmica familiar cheia de medo e agressões.
O começo do julgamento já foi marcado por tensão meses atrás, quando Cupertino decidiu dispensar seus advogados, causando a suspensão temporária do caso. Agora, com novo fôlego, o processo foi retomado em 30 de maio de 2025. O que aconteceu ali, porém, foi além dos crimes que chocaram o país e trouxe à tona uma rotina de violência que vinha de muito antes dos assassinatos.
Isabela, filha de Paulo Cupertino, subiu ao banco das testemunhas e emocionou quem estava na sala. Ela contou sobre o que viveu: um lar marcado por ameaças, agressões físicas e o medo constante. Isabela abriu o jogo sobre o comportamento agressivo do pai, não apenas com a mãe, mas também contra ela. Detalhes de brigas, gritos e pancadas foram relatados com sinceridade, dando um retrato cruel do ambiente em que ela cresceu.
A presença da filha no tribunal deu um novo peso ao caso, já que o depoimento dela deixou claro que as atitudes violentas de Cupertino não eram pontuais. O histórico de violência doméstica foi reforçado por outros relatos colhidos ao longo do dia, todos somados às provas do processo.
Era esperado que outros testemunhos importantes fossem ouvidos, seguindo o cronograma do julgamento. Com todas essas revelações, os jurados tiveram acesso a informações que vão além do crime em si, envolvendo a personalidade do réu e as motivações que cercaram aquela tarde trágica em 2019, quando Rafael Miguel e seus pais perderam a vida de forma brutal.
No momento, o processo entra em fase decisiva, com o júri prestando atenção a todos os detalhes das falas para chegar a um veredito o mais justo possível. O caso desperta muita atenção porque reúne não só uma figura pública como vítima, mas também discute até que ponto a violência doméstica antecede e alimenta tragédias maiores.