LATAM escolhe Embraer E195‑E2 e movimenta bilhões: o que isso significa para o Brasil

A LATAM Airlines Group acabou de anunciar um acordo que pode mudar o cenário da aviação sul‑americana. São até 74 unidades do Embraer E195‑E2 – 24 já firmadas e mais 50 em opção – num contrato que chega a US$ 2,1 bilhão. As primeiras entregas estão previstas para o segundo semestre de 2026.

Por que o E195‑E2 é tão esperado?

O E195‑E2 é a geração mais avançada da família de jatos regionais da Embraer. Ele oferece maior alcance, menor consumo de combustível e cabines mais silenciosas, tudo isso com a reputação de confiabilidade que já acompanha a marca brasileira. Para a LATAM, que opera rotas curtas e de média distância nos países da América Latina, o avião promete reduzir custos operacionais e abrir novos destinos antes inviáveis.

Impactos econômicos e estratégicos para o Brasil

Além de ampliar a frota de uma das maiores companhias da região, o pedido significa mais de 1.000 empregos diretos e indiretos nas linhas de produção da Embraer, em fábricas como a de Botucatu (SP) e a Unidade de Montagem de São José dos Campos. O investimento também fortalece a cadeia de fornecedores locais, desde fornecedores de peças até serviços de manutenção.

Para o governo brasileiro, o acordo representa um voto de confiança na indústria aeronáutica nacional, que tem buscado retomar o ritmo de exportação pós‑pandemia. Embora não haja declarações oficiais de Lula ou Alckmin sobre o contrato, analistas do mercado apontam que a decisão pode ser vista como um impulso à política de apoio à tecnologia e à geração de divisas.

Do ponto de vista dos passageiros, o E195‑E2 chega com cabines mais confortáveis, maior capacidade de bagagem e rotas mais frequentes. A expectativa é que a LATAM comece a inserir o avião em rotas estratégicas como São Paulo‑Rio de Janeiro, Porto Alegre‑Montevidéu e cidades menores que ainda dependem de aviões menores.

O acordo ainda inclui cláusulas de opções que permitem à LATAM ampliar o pedido conforme a demanda de mercado se recupere. Essa flexibilidade pode ser crucial, já que a retomada do turismo e dos negócios na América Latina ainda apresenta sinais mistos.

Com a entrega dos primeiros E195‑E2 prevista para 2026, o próximo passo será a adaptação de vagas de treinamento de pilotos e equipes de manutenção, um processo que já está em andamento nas escolas de aviação parceiras da Embraer.

Em suma, o investimento de US$ 2,1 bilhão da LATAM em jatos domésticos reforça a confiança na capacidade produtiva do Brasil e abre caminho para uma era mais eficiente e sustentável da aviação regional.

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