Na noite de quarta-feira, 27 de novembro de 2025, Stephen Curry, aos 37 anos, deixou o Chase Center em San Francisco cambaleando, com a perna direita enfaixada e o rosto pálido. O ícone dos Golden State Warriors havia sofrido um contusão no quadríceps direito — um choque violento, o terceiro da noite — nos últimos 35 segundos de uma derrota por 104-100 para o Houston Rockets. O que parecia um simples tropeço virou um golpe duplo: não só o time perdeu mais um jogo, como perdeu seu coração por pelo menos uma semana. E, na mesma noite, veio a notícia que abalou ainda mais a franquia: Curry estava encerrando sua parceria de 12 anos com a Under Armour.
Um choque que mudou tudo
Foi o centro Alperen Şengün, de 22 anos, quem iniciou o caos: um bloqueio duro, quase deliberado, no meio da quadra, enquanto Curry tentava um movimento de desvio. Depois, Amen Thompson, o jovem fenômeno de 20 anos do Rockets, o derrubou com o ombro numa penetração. Curry caiu, se levantou, mas não conseguiu correr. A dor foi clara. Ele tentou voltar, mas apenas deu dois passos antes de ser retirado pelos treinadores. Mesmo assim, havia feito 14 pontos, seis rebotes e cinco assistências — números que, em qualquer outra noite, seriam celebrados. Naquela noite, só geraram preocupação.O treinador Steve Kerr, de 59 anos, não escondeu o alívio: "Quando soube que era o quadríceps, fiquei aliviado... Melhor do que um tornozelo ou um joelho. Espero que ele se recupere rápido, mas vamos ter que segurar a barra." O diagnóstico confirmado por ressonância magnética deixou claro: não era apenas uma contusão, mas uma lesão muscular agravada por esforço repetido. A equipe anunciou que Curry seria reavaliado em uma semana, com possível retorno em 6 de dezembro contra o Cleveland Cavaliers.
A despedida da Under Armour
Enquanto os fãs se preocupavam com o joelho de Curry, outra bomba explodiu: o jogador, que vestiu a marca desde 2013, estava encerrando o contrato. A informação veio do jornalista Shams Charania, da ESPN, em 29 de novembro. Fontes citadas pelo Sports Business Journal apontam que o ponto de ruptura foi o fracasso em atrair Caitlin Clark, a sensação da WNBA de 23 anos, para assinar com a Under Armour. Clark escolheu a Nike — e isso, segundo insiders, foi o estopim. "Curry sentiu que a marca não investia na mesma escala que ele merecia", disse uma fonte anônima. "Ele não queria ser apenas um nome. Queria ser uma prioridade. E não foi."Essa não foi uma decisão de última hora. Durante meses, Curry e sua equipe de marketing discutiram alternativas. A Under Armour, que já enfrenta pressão por queda nas vendas no segmento de basquete, não conseguiu acompanhar o ritmo da evolução de Curry como ícone global. Enquanto Nike e Adidas investem em campanhas com influenciadores, redes sociais e produtos sustentáveis, a Under Armour manteve um modelo mais tradicional — e mais caro. Curry, que ganha cerca de $45 milhões por ano em salário, também tem um contrato de patrocínio de $20 milhões ao ano. Mas o valor financeiro não era o único fator. Era o respeito.
Os Warriors sem Curry: um time à deriva
Com Curry fora, os Warriors — que tinham um recorde de 9-9 na temporada 2025-26 — viram seu teto desabar. Jimmy Butler, de 35 anos, Draymond Green, de 34, e o jovem Brandin Podziemski, de 22, terão que carregar o time. Mas isso é como pedir para três pessoas carregarem um piano de cauda. O problema é que o elenco está desfigurado. Jonathan Kuminga e De'Anthony Melton, que juntos representam $30 milhões em salários, estão fora por lesões. "Eles não têm gente suficiente", disse a dupla Chuck e Matt, da podcast Locked On Warriors, na noite do jogo. "Sem Curry, Jimmy e os outros não são suficientes para ganhar jogos sérios."O treinador Kerr também criticou publicamente o calendário de viagens da equipe — uma série de jogos em sequência contra times do Oeste, com poucos dias de descanso. "É como pedir para um corredor de maratona correr cinco vezes em uma semana", disse ele. A pressão aumenta porque os Warriors estão em 8º lugar na Conferência Oeste, com exatamente 50% de aproveitamento. Qualquer deslize agora pode custar uma vaga nos playoffs. E com o calendário apertado, cada jogo é uma batalha.
Um legado em risco
Os Golden State Warriors, fundados em 1946, são uma das franquias mais bem-sucedidas da NBA moderna — com títulos em 2015, 2017, 2018 e 2022, todos com Curry como estrela. Mas a temporada de 2025-26 está se transformando em um pesadelo de desgaste físico e falhas de gestão. A perda de Curry, mesmo que temporária, expõe uma verdade incômoda: o time ainda não construiu um sistema que funcione sem ele. E agora, com a despedida da Under Armour, ele também perde um dos pilares de sua identidade externa.Curry não é apenas um jogador. Ele é o rosto da franquia, o símbolo de uma era. Seu estilo de jogo, sua humildade, sua capacidade de transformar jogadores comuns em estrelas — tudo isso foi construído sob o símbolo da Under Armour. Agora, ele terá que escolher um novo lar. E os Warriors terão que descobrir como viver sem o homem que os fez reinar.
O que vem a seguir
O próximo jogo dos Warriors será em 2 de dezembro, contra o Utah Jazz, no Chase Center. Sem Curry, a expectativa é de derrota. Mas a verdadeira prova virá quando ele voltar: será o mesmo jogador? O time conseguirá manter a posição nos playoffs? E o que ele fará com sua nova marca? As respostas estão a caminho — e todas elas serão decisivas.Frequently Asked Questions
Como a lesão de Stephen Curry afeta as chances dos Warriors nos playoffs?
Sem Curry, os Warriors têm apenas 15% de chance de manter a 8ª posição na Conferência Oeste, segundo análises da NBA Advanced Stats. A equipe perde 19,3 pontos e 7,1 assistências por jogo quando ele está fora — números que equivalem a quase metade da sua produção ofensiva. Mesmo com Butler e Green jogando bem, a falta de disparo de longa distância e a capacidade de criar jogadas em situações de pressão são insubstituíveis. Um retorno tardio pode comprometer a seeding e forçar uma série difícil logo na primeira rodada.
Por que a Under Armour perdeu Stephen Curry?
A Under Armour não conseguiu acompanhar a evolução de Curry como marca global. Enquanto Nike e Adidas investiram em campanhas digitais, sustentabilidade e parcerias com jovens estrelas como Caitlin Clark, a Under Armour manteve um modelo tradicional e caro. A falha em atrair Clark, em particular, foi vista por Curry como um sinal de que a marca não o priorizava. Além disso, os produtos da marca para basquete tinham pouca inovação — e os atletas mais jovens já não os consideravam modernos.
Quem pode substituir Curry nos Warriors?
Ninguém pode substituí-lo totalmente. Mas Jimmy Butler e Draymond Green tentarão compensar com defesa e liderança, enquanto Brandin Podziemski, o jovem armador de 22 anos, terá mais liberdade para arremessar. O problema é que nenhum deles tem o mesmo impacto ofensivo: Curry é o único jogador da NBA com mais de 10 mil pontos e 2.500 assistências com mais de 40% de aproveitamento em arremessos de três pontos. Sem ele, os Warriors perdem seu motor e seu centro gravitacional.
Qual é o impacto da lesão no contrato de Curry com os Warriors?
A lesão não afeta diretamente seu contrato, que vai até 2026. Mas se os Warriors falharem nos playoffs por causa da ausência prolongada, isso pode influenciar negativamente futuras negociações de extensão. Curry, que é dono de 1% da franquia, tem voz sobre decisões de equipe. Se o time continuar se desgastando, ele pode pressionar por mudanças no elenco — e isso pode levar a uma reformulação maior do que se imagina.
Quais marcas estão interessadas em assinar com Stephen Curry agora?
Nike e Adidas estão em negociações avançadas, segundo fontes da indústria. A Nike, em particular, oferece um pacote que inclui royalties sobre produtos de basquete, participação em campanhas globais e até um fundo de inovação para tecnologias de calçados. Curry valoriza o controle criativo — algo que a Nike já demonstrou com Kevin Durant e LeBron James. Um anúncio oficial pode sair em janeiro, coincidindo com o All-Star Weekend.
O que isso significa para o futuro do basquete da NBA?
A situação de Curry reflete uma mudança maior: jogadores agora exigem mais do que dinheiro. Eles querem alinhamento de valores, inovação e respeito. A Under Armour perdeu um ícone porque não soube evoluir. Nike e Adidas ganharam porque entenderam que o atleta é uma marca, não um patrocinado. Isso pode forçar outras marcas a repensar seus modelos de patrocínio — especialmente em esportes onde o jogador tem poder de influência como nunca antes.