Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, renovou sua ameaça aos países do BRICS de impor tarifas de 100% se prosseguirem com planos de substituir o dólar dos EUA como moeda de reserva. A declaração, publicada em sua plataforma Truth Social, reforçou sua posição contra qualquer movimento dos países do bloco para se afastarem do dólar. Ele afirmou que "a ideia de que os países do BRICS estão tentando se afastar do dólar enquanto apenas assistimos acabou".
Trump exigiu um compromisso dos membros do BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - além de novos integrantes como Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e Indonésia, de não criarem uma nova moeda BRICS nem apoiarem alternativas ao dólar americano.
A ameaça inicial foi feita em novembro de 2024, logo após sua vitória nas eleições, e reafirmada em janeiro de 2025. Entre suas preocupações destacadas estão a imigração ilegal e o tráfico de fentanil, problemas que, segundo ele, justificam tarifas semelhantes sobre o Canadá e o México a partir de 1º de fevereiro. Segundo Trump, estas ações são necessárias para resguardar os interesses econômicos e de segurança dos EUA.
O bloco BRICS, formado em 2009 como uma resposta ao domínio econômico ocidental, tem discutido a utilização de moedas alternativas, especialmente após as sanções impostas à Rússia devido ao conflito na Ucrânia. Contudo, recentemente a Rússia negou que haja planos em andamento para criar uma moeda própria do BRICS.
Trump enfatizou que a posição do dólar como moeda dominante no comércio internacional permanece imbatível. Ele afirmou categoricamente que "não há chance do BRICS substituir o dólar americano no comércio internacional". A insistência do ex-presidente em medidas protecionistas reflete suas prioridades políticas em termos de soberania econômica e segurança nacional.