As eleições de 2024 no Brasil foram marcadas pela participação maciça de celebridades, na tentativa de alavancar suas carreiras políticas. Figuras conhecidas da TV e de outras mídias viram nas urnas uma oportunidade de renovação e contribuição pública, com resultados que variaram do quase nulo ao surpreendente.
Um dos casos que mais chamou atenção foi o da ex-Chiquitita Renata Del Bianco, famosa por participação na primeira versão da novela infantil entre 1997 a 2001. Com uma imagem renovada por sua atuação em plataformas de conteúdo adulto, Renata tentou conquistar uma cadeira como vereadora em São Paulo, porém obteve apenas 121 votos. Sua tentativa de recomeço político foi vista por alguns como uma ousadia, enquanto outros entenderam como uma busca legítima por novos horizontes.
José Luiz Datena, conhecido apresentador, também teve um desempenho aquém do esperado. Envolvido em uma altercação durante um debate político, Datena acabou com pouco mais de 112 mil votos na corrida para prefeito de São Paulo, ficando em quinto lugar na disputa. Esta experiência demonstrou que, mesmo com uma trajetória consolidada na mídia, transitar para a política requer estratégias bem definidas e que a popularidade não se traduz automaticamente em apoio político.
Entre outros nomes conhecidos que participaram da eleição sem sucesso estão Dudu Camargo, ex-apresentador do "Primeiro Impacto", que recebeu menos de 1.350 votos, e Léo Áquilla, jornalista que mesmo após ter sobrevivido a uma tentativa de assassinato, conseguiu quase 16.000 votos. Eli Corrêa, uma personalidade do rádio, também alcançou mais de 24.500 votos, mas foi insuficiente para garantir sua eleição. Estes resultados indicam que a popularidade em uma área não garante sucesso em outra, especialmente quando se trata de política.
No campo dos esportes, Tandara, jogadora de vôlei, também lançou sua candidatura, mas acabou com quase 1.900 votos. Wellington Camargo, irmão do famoso cantor Zezé Di Camargo e vítima de um notório sequestro na década de 1990, teve menos de 750 votos. A candidatura de figuras públicas ligadas ao esporte e à música demonstrou que a fama por si só não é suficiente para garantir uma mudança política impactante, exigindo mais do que reconhecimento de nome para alcançar o eleitorado.
No entanto, nem todas as histórias foram de derrotas. Zilu Godoi, ex-esposa do cantor Zezé di Camargo, Marquito, o "Cabeção" da novela "Malhação", e Mário Gomes conseguiram se eleger como suplentes. Essas vitórias demonstram que, embora a fama não seja um passe livre para a política, pode facilitar a entrada e, com o suporte do público, alcançar algumas conquistas.
As eleições de 2024 foram também um teste de fogo para diversas celebridades que viram suas tentativas de participar do cenário político enfrentarem críticas e reações variadas. Alexandre Correa, ex-marido da apresentadora Ana Hickmann, foi alvo de chacotas após sua derrota em São Paulo, evidenciando que a jornada política está repleta de desafios além do controle de uma figura pública.
Mauro Tramonte, apresentador do "Balanço Geral Minas", também viu sua liderança ruir nos últimos momentos da campanha, terminando em terceiro lugar e exemplificando como a dinâmica eleitoral pode oscilar rapidamente, deixando surpresas e reflexões para as próximas investidas de celebridades na política.
Com todas essas participações e resultados, as eleições de 2024 no Brasil servem como um exemplo de como a mobilização de personalidades públicas pode criar um cenário vibrante e imprevisível na política. Cada candidato trouxe consigo histórias únicas e motivações distintas, resultando em uma experiência que, mesmo para aqueles que não obtiveram sucesso, significou aprendizado e, quem sabe, planejamento para futuras candidaturas.
O cenário político se diversificou com tais candidaturas, mostrando que a política é um campo a ser explorado por pessoas de diferentes histórias de vida. Sem dúvida, a experiência de 2024 deixa um legado de reflexão sobre a relação entre fama e política, e como ambas podem coexistir no ambiente democrático do país.